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Compromisso

Compromisso

Como é difícil, hoje em dia, as pessoas terem, de fato, compromisso. Haja vista a superficialidade e o descomprometimento nas relações amorosas, incluindo namoro, n
oivado e casamento. O namoro virou ficar… com um ou com outro, às vezes com dois ou mais ao mesmo tempo; muitos casamentos, quase a maioria, são desfeitos ainda nos primeiros anos. Muitos nem se casam mais, formalmente, compromissadamente. Combinam viver juntos… até quando der.

E o que dizer das relações eclesiásticas? Entre os católicos, a maioria se diz não praticante (o mesmo que não comprometido). Algumas igrejas ditas  evangélicas, ao que parece, reúnem multidões seduzidas com promessas de prosperidade e saúde, não necessariamente comprometidas com a fé, com Cristo, com a ética e a missão cristã. Em todas as igrejas, há meros espectadores, crentes sem compromisso algum com os ministérios e a missão da igreja no mundo. Alguns mudam de igreja por qualquer motivo.

No transcorrer do meu pastorado, em várias igrejas, sempre houve quem me procurasse, depois de algum tempo visitando a igreja, para me dizer algo assim: “Pastor, eu gostaria de me tornar membro de sua igreja, mas eu não quero assumir nenhum compromisso. Pode ser assim?” Não, não pode! É contraditório, senão impossível! Nem todos chegam assim avisando, mas logo se percebe que essa é a sua intenção. Resultado: frieza espiritual, rotatividade, abandono, bancos vazios…

É justo mencionar que algumas igrejas locais, por sua frieza ou, ao contrário, por seu fogo descontrolado; por sua teologia espúria e por sua incoerência, não encorajam seus membros a ali permanecerem, compromissadamente. Que estes busquem, então, com oração, uma igreja que os edifique e os motive ao serviço cristão.

Os descompromissados sem causa alegam ser de maior importância a “liberdade” ou o “direito” que as pessoas têm de seguir ou não com um relacionamento, permanecer ou não numa comunidade, participar ou não de um trabalho. Dizem que podem adorar e servir a Deus em casa mesmo e até que ficam mais fortes assim.  Será? Ao final de algum tempo, percebe-se que não. Se todos pensassem assim, que seria da igreja? Que força existe numa igreja cujos membros não têm real interesse de frequentar uma Escola Bíblica Dominical e os cultos de adoração, de oração, de ensino bíblico e de comunhão com os irmãos em Cristo?

Na época de Jesus também houve muitos que se dispuseram a segui-lo, sem compromisso. Jesus precisou lembrar a alguns que segui-lo para “obter vantagens” seria decepcionante; a outros, lembrou que o compromisso com o Senhor é prioritário e os que “põem as mãos no arado” não devem olhar para traz… Veja  em Lc 9:57-62

André Sanchez, presbítero, líder de louvor e professor da Escola Dominical de uma Igreja Presbiteriana, em Ribeirão Preto, SP, concluiu uma mensagem sobre compromisso, dizendo:

“[…] Gostaria que você, leitor, pensasse sobre seus compromissos de vida: Quais são seus compromissos com Deus, com a pureza, com a sociedade, com seu semelhante…?

“Jesus Cristo é o nosso maior exemplo do poder de um compromisso. O compromisso dele com a missão de ser o nosso Salvador fez com que ele resistisse às tentações, cumprisse tarefas, não pecasse, resistisse à dor, não amaldiçoasse a Deus, ensinasse, olhasse os rejeitados com amor, dentre outras muitas coisas.

“Não seja um descompromissado, firme compromissos sérios e cumpra-os! Conheça a vontade de Deus. Fortaleça a sua vida com compromissos que valham a pena […]”. (www.esbocandoideias.com).

 

Pr. Éber Lenz César
eberlenzcesar@gmail.com
 

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