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Ansiedade I, II, III

Ansiedade I, II, III

Quem  não tem problemas emocionais? Vamos refletir sobre alguns deles, começando pelo que, talvez, seja o mais grave hoje em dia: a ansiedade. O psicólogo Rollo May referiu-se a ansiedade como “um dos problemas mais urgentes de nossos dias”. A Bíblia tem respostas! Porém, para entendê-las e aproveitá-las melhor, precisamos, primeiro, corrigir alguns aspectos dos nossos conceitos de Deus, de paz e de santidade. Têm tudo a ver.

Conceito de Deus.

Muitos, incluindo cristãos, não se sentem à vontade para abrir o coração e conversar com Deus sobre suas preocupações, temores e ansiedades. Lembram-se dos atributos divinos tais como onisciência, onipresença, onipotência, soberania, santidade, justiça e outros, e recuam tímidos ou com medo. É como se eles só conhecem passagens do tipo “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). Não deveriam.  A  Bíblia ensina, sim, que nossa atitude diante de Deus deve ser a de um santo temor; mas esse temor não é medo e distanciamento. É respeito, reverência, adoração, atitudes que levam à contrição, ao arrependimento e à obediência.

Na história bíblica, há muitos exemplos de homens e mulheres que, quando viram e ouviram alguma manifestação da divindade, sentiram medo. Mas em cada caso, eles ouviram o Senhor dizer-lhes “Não tenha medo”, ou descobriram, eles próprios, que não precisavam ter medo. Foi assim com Moisés, na sarça ardente (Êx 3.2-6); com Isaías, no templo (Is 6.1-5), com Pedro, Tiago e João no monte da Transfiguração (Mc 9.2-6), com as mulheres quando viram Jesus ressuscitado (Mc 16.8).

O temor do Senhor é uma reação normal do pecador arrependido e contrito diante do Deus Criador, Santo e Perfeito. A Bíblia abençoa e recompensa esta reação:

“Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem prazer em seus mandamentos… Não temerá más notícias; o seu coração está firme, seguro no Senhor!” (Sl 112.1,7).

O temor do Senhor (que não deve ser confundido com medo) liberta-nos do medo dos homens, das circunstâncias adversas e, consequentemente, da ansiedade.

Deus não é somente um Soberano tremendo. Ele é, também, Pai amoroso, Pastor cuidadoso e Sumo Sacerdote compassivo. Podemos vê-lo e conhecê-lo melhor na pessoa do seu Filho, Jesus Cristo. O próprio Jesus disse aos seus discípulos: “Quem me vê a mim, vê o Pai…” (Jo 14.9).

Socorro mais que oportuno.

Em Hb 4.14-16, aprendemos que Jesus, nosso Sumo Sacerdote

  • vê nossas fraquezas com compaixão;
  • compreende nossas lutas, porque foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança;
  • razão porque podemos nos achegar, em oração e com confiança, junto ao trono  da graça
  • e receber misericórdia e socorro, sempre que necessário.

Frisando: nosso Senhor, Soberano, Justo e Santo, está assentado num “trono de graça”, cheio de compreensão, atento às nossas orações, querendo nos ajudar! Isto nos lembra duas outras passagens, remédios eficazes contra o medo e a ansiedade:

“Eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo” (Is 41.13).

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.6-7).

Contudo, há equívocos a respeito dessa paz, que precisamos corrigir… Há equívocos também em nosso conceito de santidade, ou seja, muitos pensam que os crentes espirituais nunca ficam ansiosos.  Será! Vamos tratar disso na próxima mensagem.

Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)

Leia também:

 

  Ansiedade II

 Ansiedade III

 

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