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Aconteceu num jantar

Aconteceu num jantar

Era para ser apenas um jantar, mas… Que lição!

Estavam todos à volta da mesa, recostados em almofadas, pés esticados para trás. Simão, o anfitrião, orgulhava-se com a presença de Jesus. Ele não acreditava que Jesus fosse o Messias e Filho de Deus. Convidou-o para jantar em sua casa porque isto lhe pareceu socialmente vantajoso. Jesus era um Mestre muito popular.

Os anfitriões deixavam as portas abertas para exibir seus banquetes. Os pedestres podiam espiar, e até mesmo entrar. Foi assim que uma mulher de má fama entrou, aproximou-se de Jesus e derramou um frasco de perfume em seus pés! Ela chorava; suas lágrimas molhavam os pés de Jesus e ela os enxugava com os próprios cabelos, e os beijava (Lc 7.36-38).

Simão era fariseu, orgulhoso e crítico. Murmurando, ele reforçou suas dúvidas acerca de Jesus: “Se este homem fosse profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele. Ela é uma pecadora” (Lc 7.39). Como se ele não o fosse…

Jesus percebeu e lhe contou esta parábola: “Um homem emprestou dinheiro a duas pessoas: quinhentas moedas de prata a uma delas e cinquenta à outra. Como nenhum dos dois conseguiu lhe pagar, ele generosamente perdoou ambos […]. Qual deles o amou mais depois disso?” (vs. 41-42).

Simão respondeu: “Suponho que aquele a quem ele perdoou a dívida maior”. Resposta certa, atitude errada!

Jesus, olhando para a mulher, disse a Simão: “Quando entrei em sua casa, você não ofereceu água para eu lavar os pés, mas ela os lavou com suas lágrimas […]. Você não me cumprimentou com um beijo, mas, desde a hora em que entrei, ela não parou de beijar meus pés. Você não me ofereceu óleo para ungir minha cabeça, mas ela ungiu meus pés com um perfume caro” (44-46).

Simão não reconhecia seus pecados; achava que devia muito pouco a quem o podia perdoar; e amava pouco. A mulher, grande pecadora, fora perdoada de uma dívida enorme… Daí todo aquele culto de gratidão, fruto de um amor enorme. E mais perdoada foi!

A intensidade do nosso amor e serviço ao Senhor será sempre proporcional à consciência que temos dos nossos pecados e do perdão recebido.

Éber Lenz César

eberlenzcesar@gmail.com

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