Relacionamento entre pais e filhos
O relacionamento entre pais e filhos tem sido motivo de muita polêmica, tristeza, sofrimento e até mesmo tragédias familiares. Não faz muito tempo, um pai, em meio a uma briga com a esposa, atirou a filha pela janela e, depois, jurou não ser culpado; uma filha planejou o assassinato dos pais e ainda participou do crime…
Tais acontecimentos têm feito as famílias pararem para pensar o quanto é importante o bom relacionamento entre pais e filhos, um relacionamento onde haja muita conversa e cumplicidade; onde os pais saibam fixar limites, estabelecer regras básicas necessárias, conter os impulsos egoístas das crianças e a rebeldia dos adolescentes; onde os filhos saibam ouvir, respeitar e obedecer os pais; onde haja amor e carinho da parte de uns e outros . Um relacionamento assim pode ser muito saudável. Não será que você pode ajudar a construí-lo?
A história a seguir pode inspirar tanto os pais como os filhos. Não deixe de ler.
Pr. Éber Lenz César
Um pai nunca desiste
Havia um homem muito rico, que possuía muitos bens: uma grande fazenda, muito gado e vários empregados. Tinha ele um único filho, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem de compromissos. O que ele mais gostava era de festas, estar com seus amigos e de ser bajulado por eles. Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estariam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam.
O jovem ouvia os insistentes conselhos do pai, mas não lhes dava a devida atenção. Um dia, o velho pai, já avançado na idade, ordenou aos seus empregados que construírem um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres: “Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai”. Mais tarde, chamou o filho, levou-o ao celeiro e lhe disse:
– Meu filho, eu já estou velho… Não vou viver muito mais. Você vais herdar tudo o que é meu, mas, a julgar pela maneira como vicê tem vivido, eu posso imaginar o que vai acontecer: Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e gastará todo o dinheiro com os seus amigos: depois, vai vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar. E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos. É por isso que eu construí esta forca… Sim, ela é para você, e quero que me prometa que, se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar ainda mais o pai, garantiu-lhe que faria o sugerido. Na verdade, achava que nunca chegaria a tanto.
O tempo passou, o pai morreu e o filho ficou responsável pela fazenda e tudo o mais. Entretanto, assim como seu pai havia previsto, em pouco tempo ele gastou tudo, perdeu os amigos e a própria dignidade. Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo. Lembrou-se do pai e, chorando, pensou:
– Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os seus conselhos… Mas agora é tarde, tarde demais.
Assim pensando, o jovem se lembrou do pequeno celeiro. Era a única coisa que lhe restava… A passos lentos, caminhou ate lá; entrando, viu a forca e a placa empoeirada… Com profunda tristeza, balbuciou:
– Eu nunca atendi às palavras do meu pai. Não pude alegrá-lo, quando estava vivo, mas, pelo menos esta vez, vou fazer o que ele pediu, vou cumprir minha promessa. Não me resta mais nada…
Então, subiu nos degraus e colocando a corda no pescoço, ainda disse:
– Ah! se eu tivesse uma nova chance …
E pulou!! Sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente. O rapaz caiu no chão, e, sobre ele caiu significativa quantia de dinheiro, jóias e um bilhete que dizia:
– Esta é a sua nova chance! Eu sempre o amei! Seu pai.
Texto Recebido através do grupo de Mensagens de Meire Michelin, sem menção de autoria.