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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Alegria, apesar de tuo! III. Mente submissa.

III. Mente submissa. Fp 2.

No estudo anterior, Mente integral (Fp 1)  aprendemos que é perfeitamente possível estar alegre, a despeito das circunstâncias. O segredo é a mente integral, um modo de pensar e viver totalmente devotado a Cristo.  O versículo chave é “Para mim o viver é Cristo” (1.21).

Neste estudo, baseado em Fp 2, veremos que o segredo da alegria a despeito das pessoas é segredo a Mente submissa. O versículo chave:

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (2.3).

No cap. 1, Paulo coloca Cristo em primeiro lugar; no cap. 2, ele coloca os outros em segundo lugar. Ele próprio fica em terceiro e último lugar. Isto é mente submissa!

O apóstolo menciona quatro exemplos:

  • Jesus (vs. 1-11)
  • Paulo (vs. 12-18)
  • Timóteo (vs. 19-24)
  • Epafrodito (vs. 25-30)

Cristo é o exemplo por excelência.

Jesus não pensou em si mesmo.

“… Cristo Jesus… subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens… a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte…”

Ou como lemos na Bíblia A Mensagem (E. Peterson):

“Mesmo em condição de igualdade com Deus, Jesus nunca pensou em tirar proveito dessa situação… Quando sua hora chegou, ele deixou de lado os privilégios da divindade e assumiu a condição de escravo, tornando-se humano…” (vs. 5-8).

Note:  Jesus sempre existiu na “forma de Deus”, ou seja, em condição de igualdade com Deus (Ver Jo 1.1; Jo 14.9; Hb 1.1-3). Mas não se agarrou a isto egoisticamente; não pensou em si mesmo; pensou nos outros, pensou em nós. Algo assim: “Eu não posso ficar aqui e usufruir destes privilégios egoisticamente; preciso usá-los em benefício da humanidade… Para tanto, vou abrir mão desta glória celestial,  vou descer lá e fazer o que for preciso, custe o que custar!” (Veja Jo 17.4-5).

Esta é a primeira característica da mente submissa: ela pensa nos outros. No Novo Testamento, encontramos mais de 20 instruções de Deus sobre a maneira como devemos pensar uns nos outros e servir uns aos outros:  “Levai as cargas uns dos outros” (Gl 6.2), “Consolai-vos uns aos outros” (I Ts 5.11), “Servi uns aos outros” (I Pe 4.10), e outras.

Jesus viveu para servir os outros.

Pensar nos outros abstratamente não basta; é preciso servi-los também. Jesus pensou nos outros e “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo…” Tinha a forma de Deus, mas assumiu a forma de servo! Não fingia ser Deus; era Deus! Não fingiu ser servo; tornou-se, de fato, um servo. “… não veio para ser servido, mas para servir…” (Mt 20.28). Nos evangelhos, vemos Jesus servindo os discípulos, os amigos, os pecadores, as meretrizes, os publicanos, os enfermos.

Jesus chegou a levar os pés dos seus discípulos, um trabalho que só os servos ou escravos faziam. Quando terminou, disse aos discípulos: “Vós me chamais o Mestre e o Senhor… Ora, se eu, sendo o Senhor e o  Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo…” (Jo 13.4-5, 13-15).

Jesus sacrificou-se pelos outros.

Muitos até que estão dispostos a servir, mas quando isto não lhes custa nada ou não mais que um pouco de trabalho. Se há uma preço a pagar, perdem o interesse e desistem. Paulo escreveu aos Filipenses que Jesus “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz” (2.8). A cruz era o instrumento de morte mais doloroso e vergonhoso do Império Romano. Jesus voluntariamente a suportou pelos outros, por nós, para salvar-nos.  Sua morte não foi a de um mártir, mas a de um Salvador. Ele “veio para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). Para servir, é preciso dar, seja tempo, dinheiro, trabalho, amor, ou a própria vida…

Alguém já disse: “O ministério que não custa nada, não realiza nada.” Para haver alguma bênção, tem que haver algum sacrifício.  Um pastor estava observando as barracas e artigos à venda durante uma festa religiosa. Reparou num pequeno anúncio sobre uma das barracas: “Cruzes baratas”. E pensou consigo mesmo: “É isso que muitos cristãos procuram – cruzes baratas. A do meu Senhor não foi barata. Por que a minha haveria de ser?”

O cristão que tem uma mente submissa não pensa prioritariamente em si; pensa nos outros e vive para servir os outros;  não foge do trabalho ou do sacrifício que se fizer necessário.

Paulo, Timóteo e Epafrodito também viveram para os outros

Paulo refere-se ao seu próprio sacrifício comparando-o à libação praticada pelos sacerdotes do Velho Testamento (Nm 15. 1-5). Ele escreveu: “Mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me…” (2.17). Paulo sabia que seu ministério e o sacrifício a favor dos filipenses poderia terminar em condenação e morte. Mas isso não lhe roubava a alegria. Sua morte seria uma sacrifício voluntário, sacerdotal, por Cristo e sua igreja. Isso era motivo de alegria para ele.

Timóteo e Epafrodito também tinham mentes submissas. Referindo-se ao primeiro, Paulo escreveu: “A ninguém tenho  de  igual  sentimento, que sinceramente cuide dos vossos interesses; pois todos buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo” (2.20-21). Falando de Epafrodito, o apóstolo escreveu: “…meu  cooperador e companheiro de lutas… vosso mensageiro e vosso auxiliar nas minhas necessidades” (2.25). E mais: “Honrai sempre a homens como esse; visto que, por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte, e se dispôs a dar a própria vida, para suprir a vossa carência de socorro para comigo” (2.29-30).

Este é o segredo da alegria a despeito das pessoas. Desenvolver uma mente submissa, colocar os interesses dos outros acima dos interesses próprios, ter uma disposição de servo.

 

Veja os demais estudos da série.

1. Introdução.
2.  Mente integral (Fp 1).
4. Mente espiritual (Fp 3).
5. Mente segura, antídoto para a ansiedade (Fp 4).
 
 
 
 
 
 
Pr. Éber Lenz César

As idéias básicas foram extraídas do livro Seja Alegre”, de W. Warrem Wiersbe. Ed. Nucleo, Portugal.

 

 

 

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